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pages
Português
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2023
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Publié par
Date de parution
21 mars 2023
Nombre de lectures
3
EAN13
9781631428012
Langue
Português
Publié par
Date de parution
21 mars 2023
Nombre de lectures
3
EAN13
9781631428012
Langue
Português
Beleza Assustadora
O Noivado Molotov: Livro 1
Anna Zaires
♠ Mozaika Publications ♠
Contents
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Trecho de Capture-me de Anna Zaires
Trecho de Entre Polvos & Homens de Misha Bell
Sobre a Autora
Copyright © 2023 Anna Zaires & Dima Zales
Título original: Terrible Beauty
www.annazaires.com/book-series/portugues/
Tradução: Nany
Preparação de Texto: Vania Nunes
Capa: Alex McLaughlin
Fotografia: Regina Wamba
www.reginawamba.com
Esta é uma obra de ficção. Seu intuito é entreter as pessoas. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
Esta obra segue as regras da Nova Ortografia da Língua Portuguesa.
Todos os direitos reservados.
É proibido o armazenamento e/ou a reprodução de qualquer parte dessa obra, através de quaisquer meios — tangível ou intangível — sem o consentimento escrito da autora.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei n°. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Zaires, Anna/Zales, Dima
Beleza Assustadora, de Anna Zaires & Dima Zales. Tradução: Nany. 1ª edição. Rio de Janeiro, BR, 2023.
Publicado por Mozaika Publications, por Mozaika LLC www.mozaikallc.com
e-ISBN: 978-1-63142-801-2
ISBN: 978-1-63142-826-5
Capítulo 1
Dia atual, local desconhecido
L ábios frios roçam minha testa latejante, trazendo consigo um leve aroma de pinho, oceano e couro. — Shh... Está tudo bem. Você está bem. Acabei de lhe dar algo para aliviar sua dor de cabeça e tornar isso mais fácil.
A voz masculina é profunda e sombria, estranhamente familiar. As palavras são ditas em russo. Minha mente confusa luta para se concentrar. Por que russo? Estou na América, não estou? Como eu conheço essa voz? Esse perfume?
Eu tento abrir minhas pálpebras pesadas, mas elas se recusam a ceder. O mesmo vale para a minha mão quando tento levantá-la. Tudo parece incrivelmente pesado, como se meus próprios ossos fossem feitos de metal, minha carne, de concreto. Minha cabeça pende para um lado, meus músculos do pescoço são incapazes de suportar seu peso. É como se eu fosse um recém-nascido. Eu tento falar, mas um ruído incoerente escapa da minha garganta, misturando-se com um rugido distante que meus ouvidos agora podem discernir.
Talvez eu seja um recém-nascido. Isso explicaria por que estou tão ridiculamente indefesa e não consigo entender nada.
— Aqui, deite-se. — Mãos fortes me guiam para alguma superfície macia e plana. Bem, a maior parte em mim. Minha cabeça acaba em algo elevado e duro, mas confortável. Não é um travesseiro, duro demais para isso, mas também não é uma pedra. Não há muito o que dizer sobre o objeto, mas uma coisa posso dizer. É estranhamente quente também.
O objeto se mexe ligeiramente, e dos recessos nebulosos da minha mente, a resposta para o mistério emerge. Um colo . Minha cabeça está deitada no colo de alguém. Um homem, a julgar pelas coxas duras e musculosas debaixo do meu crânio dolorido.
Meu pulso acelera. Mesmo com meus pensamentos lentos e confusos, eu sei que isso não é normal para mim. Não sou de colos ou homens. Pelo menos, não tive muito contato até agora em todos os meus vinte e cinco anos.
Vinte e cinco . Eu me agarro a essa lasca de conhecimento. Tenho vinte e cinco anos, não sou recém-nascida. Encorajada, vasculho mais os fios emaranhados, buscando uma resposta para o que está acontecendo, mas isso me escapa, as lembranças vêm lentamente, se é que chegam.
Escuridão. Incêndio. Um demônio do pesadelo vindo me reivindicar.
Isso é uma lembrança ou algo que eu vi em um filme?
Uma agulha cravando-se profundamente no meu pescoço. Prostração indesejável se espalhando pelo meu corpo.
Essa última parte parece real. Minha mente pode não estar funcionando, mas meu corpo sabe a verdade. Ele sente a ameaça. Minha frequência cardíaca se intensifica enquanto a adrenalina satura minhas veias. Sim. Sim, é isso. Eu posso fazer isso. Com a força nascida do terror crescente, abro minhas pálpebras pesadas e olho para cima, para um par de olhos mais escuros do que a noite que nos cerca. Olhos fixos em um rosto cruelmente bonito que assusta meus sonhos e pesadelos.
— Não lute contra isso, Alinyonok — Murmura Alexei Leonov. Sua voz sombria é promessa e ameaça enquanto ele gentilmente passa os dedos pelo meu cabelo, massageando a tensão latejante no meu crânio. — Você só vai tornar isso mais difícil para si mesma.
As bordas de seus calos prendem nos emaranhados do meu cabelo comprido, e ele retira os dedos, apenas para curvar a palma da mão ao redor do meu queixo. Ele tem mãos grandes, mãos perigosas. Mãos que já mataram dezenas só hoje. O conhecimento agita meu estômago mesmo quando algum nó de tensão dentro de mim se desfaz. Por dez longos anos temi este momento e, finalmente, está aqui.
Ele está aqui.
Ele veio atrás de mim.
— Não chore — Meu futuro marido diz suavemente, afastando a umidade do meu rosto com a ponta áspera do polegar. — Não vai ajudar. Você sabe disso.
Sim, eu sei. Nada nem ninguém pode me ajudar agora. Eu reconheço aquele rugido distante. É o som de um motor de avião. Estamos no ar.
Fecho os olhos e deixo a escuridão nebulosa me levar.
Capítulo 2
11 anos e 3 meses antes, Moscou
U ma batida hesitante cai na porta do meu quarto. — Alina, você está aí? Vamos, é hora da nossa lição.
Sim, caralho. Faço uma pausa no jogo que estou jogando no Wii e aumento o volume no meu iPod até “Get Low”, de Lil’ Jon & The East Side Boyz, estourar em meus ouvidos, abafando a voz irritante do meu tutor.
Silenciando o som da TV, reinicio o jogo e guio Mario pela estrada, ignorando as batidas contínuas. Não sei por que tenho que ter aulas de Inglês durante todo o verão quando tenho estudado em um internato em New Hampshire nos últimos três anos. A essa altura, meu inglês é tão bom quanto o de qualquer um dos meus colegas americanos, meu sotaque russo, inexistente. Claro, minha ortografia e gramática poderiam ser melhores, mas estou indo para a nona série. Eu vou aprender todas as regras estúpidas eventualmente.
As batidas param e eu solto um suspiro aliviado. Com alguma sorte, Dan – Deus, eu odeio esse nome – vai passar nossa hora marcada procurando por mim em todos os cantos e recantos de nossa cobertura de dois andares em Moscou antes de terminar o dia. Ele pode reclamar com meu pai também, mas tanto faz. Prefiro papai gritando comigo do que lidar com Dan sempre me olhando daquele jeito .
Estremeço ao lembrar daquele olhar. Eu vejo isso em rostos masculinos o tempo todo agora que tenho seios. Eles não são grandes nem nada – algumas das garotas da minha classe já usam 46 ou acima – mas os garotos não parecem se importar. Nem homens adultos, especialmente quando mamãe me faz usar maquiagem. Falando nisso…
Outra batida na minha porta, esta muito mais insistente. Eu reconheço sua cadência mesmo através da música estridente em meus fones de ouvido. Relutantemente, pauso o jogo e baixo o volume do meu iPod. — Sim?
— Alinochka, sou eu. Você está vestida e pronta?
Ugh, eu estava esperando que ela se esquecesse de mim. Puxando meus fones, desligo a TV e pulo. — Um segundo, Mama!
Ignorando, ela abre a porta e entra no meu quarto. Instantaneamente, seus olhos se arregalam. — O que você está vestindo?
Pega no flagra. Eu olho para minha calça de moletom e camiseta enorme com toda a indiferença que posso reunir. — Roupas.
Ela estreita os olhos. — Não banque a espertinha comigo. Você sabe o que estou perguntando.
— Certo. — Dou um suspiro exasperado. — Me dê um minuto.
—Você tem trinta segundos — Ela diz enquanto eu corro para o meu armário e coloco o primeiro vestido que posso achar que ela provavelmente considerará apropriado – um vestido de noite vermelho que é tão brilhante quanto desconfortável.
Não sei por que tenho que usar essa porcaria toda vez que Papa recebe convidados, mas Mama insiste. Algo sobre apresentar o nosso melhor. Exceto que neste vestido é mais como apresentar só o meu peito. Sério, eles cresceram desde a semana passada? Fazendo uma careta, tento enfiar as protuberâncias de carne mais fundo no corpete tipo espartilho, mas o sutiã push-up embutido faz seu trabalho muito bem.
— O que você está fazendo? Pare com isso. Deve usar desse jeito — Mama diz, entrando no armário afastando minhas mãos. — Agora, coloque os sapatos, e vamos fazer seu cabelo e maquiagem.
Alguém me mate. Coloco um par de plataformas de salto alto que combinam com o vestido e deixo que ela me conduza até o espelho, onde começa a escovar meus longos cabelos com toda a velocidade e entusiasmo de alguém determinado a arrancá-los pela raiz.
— Ai! — Estremeço quando o pente pega um nó particularmente brutal, mas ela me ignora novamente. Acho que é isso que ganho por deixar para o último minuto.
Finalmente, meu cabelo está arrumado e liso. Eu gostaria de poder prendê-lo em um rabo de cavalo, mas Mama gosta dele pendurado nas minhas costas em uma cortina preta. Não sou fã da cor e sonho com o dia em que poderei adicionar alguns reflexos. Ano que vem, espero.
A maquiagem é a próxima. Triste, vejo como meu rosto pálido é iluminado com um blush, meus lábios se transformam em um beicinho vermelho brilhante, e a inclinação felina dos meus olhos verdes é enfatizada com uma aplicação habilidosa de delineador e máscara. A única imperfeição que resta está no meu sorriso, com o pequeno espaço entre os dentes da frente que Mama diz que me faz parecer “di